terça-feira, 30 de dezembro de 2008

...

Quasi chega a casa.

Depois de uma noite de loucura, eis que o bicho repousa. Come sushi, sozinho, no conforto da Catedral.

Foram variadas as situações que enfrentou hoje, mas crê tê-lo feito da melhor forma possível.

Após uma saída tardia do bureau o Corcunda decidiu anuir a um convite que lhe havia sido endereçado. Saiu.

Passou por tudo e mais alguma coisa, desde a amiga que há muito não via, passando pela mulher da qual não soube tratar, com uma breve incursão pela miúda que já o fez palpitar e que não o compreendeu, não olvidando a criancinha que agora cresceu, com breves tentativas de contacto com a miúda do mau feitio, a moça que o faz sentir bem e a sua Esmeralda, para acabar a noite a comer peixe cru sozinho.

Não posso dizer que me sinta mal com isso, é extraordinariamente bom sentir-me assente sobre os meus pés, sem "muletas". Sou só eu.

O sushi já não está fabuloso, o arroz já está duro, mas eu estou engraçado, com vontade de fazer qualquer coisa, e isso é bom.

Estou farto de estar parado, de ver as coisas a passar e a lamentar o que não fiz ou podia ter feito doutra forma, por isso decidi não o fazer. Agora vou voltar a ser a criancinha que sentia tudo, sem medo do que daí possa vir. Ou o homem que sempre quis ser, forte, decidido, confiante.

Nem sei bem, só sei que vou ser alguma coisa.

Tenho que ir dormir, que amanhã possuo um despertar algo vespertino (pleonasmo, mas lógico).

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

De volta

Quasimodo está de volta às lides citadinas.

Após um breve período de afastamento, motivado por necessários e tendencialmente aprazíveis compromissos familiares, eis que regressa à Capital.

O Natal é uma época catita, a malta enche o bandulho à grande e à portuguesa, bebem-se copos com fartura, estreitam-se (ou não...) relações familiares. O mais engraçado é que a malta come que nem umas bestas só porque sim, e como toda a gente debulha comida até ficar farto que nem um abade, nem sequer há aquela recriminação idiota que teima em aparecer quando alguém é ligeiramente alarve. Este suicídio alimentar é algo que deveria ser objecto de estudo intensivo.

Agora volta-se ao trabalho, eventualmente com uns quilitos a mais, e não posso dizer que o regresso não me agaste, mas prontos, tem que ser, e o que tem que ser tem muita força.

Maintenant devo regressar à labuta que possuo bastante que fazer num espaço de tempo manifestamente inadequado aos referidos afazeres.

Saudações natalíciaS

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Wilson profundo

Ontem ganhámos a Taça!!!

Segue uma bela música.

A frase "knees pressed against the leather couch, I could't find my bra" é algo do outro mundo...

Kristin Hersh - Deep Wilson



Cheers

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Grande merda

Já sao quatro e picos e não possuo adormecimento.

Amanhã é que vão ser elas...

Final do final de semana

Este fim de semana foi engraçado.

Foi quase todo passado, pelo Corcunda, a não pensar em rigorosamente nada.
Só senti muito, e soube bem como poucas coisas. Isto de não pensar demasiado até pode ser uma hipótese, porquanto o marreco consiga perpetuar um pouco mais (passe o paradoxo) esta situação. Ou arranjar formas de criar situações análogamente boas.

Neste estado novo, matei o super-herói do Jeff e ocupei os meus neurónios a experienciar sensações novas. E não posso dizer que tenha sido mau, "before by the oposit", foi bastante aprazível.

No Domingo à tarde deu-lhe a pataleta, ficou aparvalhado e voltou a pensar. Acabou com o desagradável regresso existencialista com uma sesta de três horas.

Acabei o dito cujo pleonasno com um reencontro com um passado recente. Após um período de convivência prolongado, a distância maior permitiu uma comunicação melhor, e isso foi algo inesperado.

A comunicação é um fenómeno engraçado, mas funciona melhor quando a malta está longe. Após um breve mas bom período de comunicação via bicho referido em anterior parvoíce neste espaço publicada pelo je (vide http://lesoleilestpresdetoi.blogspot.com/2008/11/telmoveis-assassinos-ou-no.html), o bicho descansa, não sem antes falar com o seu novo inquilino.

O Corcunda, mais rico, pelo fervilhar de emoções, tem que se ir deitar, até porque domani possui um dia-de-trabalho-de-corcunda previsívemente extremamente agastante.

This place is a prison

Uma das melhores músicas dos últimos anos.

O que é que um gajo tem de fazer para lhe servirem uma bebida neste lugar?

Postal Service - This place is a prison


O video é amador, e, tal como o sexo do mesmo tipo, engraçado.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Novo ciclo, banda sonora retro

Boas tardes.

Esta cena de não me deixar afectar por coisas que não merecem a pena está a ser difícil. Mas não creio que seja impossível.

Frente! - Bizarre Love Triangle (original de New Order):



Esta música fez parte de uma das melhores alturas da minha vida, e continuo a pensar que é uma das mais bonitas versões já feitas.

Um grande bem haja

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Lar

Quasimodo está de volta.

Após uns úlimos dias violentos, sente-se preparado para cagar para o que não interessa, e para lutar pelo que vale a pena.

A ver vamos se é bem sucedido...

Cheers

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Quasi quase de volta

Hoje regressarei à Catedral, à minha cidade.

Pensei que precisava de sair daí, de casa, do meu quotidiano, mas essa era uma ideia errada que tinha. Esta estadia foi uma gigantesca montanha russa, em que tive tudo e mais alguma coisa à flor da pele. Demasiado à flor da pela, quase a queimar.

A cidade em si é bonita, o Corcunda nem por isso, agora. E essa disparidade é um bocado pró fodida. Ontem passeei durante horas à chuva, como fazia quando era puto.

Calcorreei a cidade de uma ponta à outra. Gótico, Raval, Borne, Montjuïc, tudo sítios por onde passei na bici emprestada, a ver se punha as ideias em ordem.

Passei todo este tempo a pensar em inúmeras coisas, que, a final, nada significam.

Ao final do dia encontrei-me com a Gnomo, saudosa companheira de outros tempos. Por entre algumas copas de tinto encontrei-me numa conversa das boas. Daquelas que fazem crescer e que têm, realmente, o poder de nos fazer sentir melhores. Descobri coisas que sei que podem e têm que ser úteis. A miúda, após tano tempo, tem a mesma ingenuidade que sempre lhe reconheci, agora acompanhada por uma sabedoria que só se adquire com o tempo e a experiência. Gostei mesmo disto, de conseguir falar e ouvir sem qualquer tipo de filtros, de inibiçoes, de merdas. Tudo sai como se pensa, e isso simplifica muito as coisas. Por isso, muito obrigado pela conversa.

Agora preparo-me para regressar. Tudo está igual, acho, mas eu nao posso estar.

Possuo fartura de sentir coisas que nao sao minhas, de viver vidas que nao conheço. Agora vou ser mais para mim, porque os outros nao podem ser o mais importante na minha vida.

Começa agora...

domingo, 14 de dezembro de 2008

Barça

Uma cidade interessante.

Bonita, grande , opulenta. Hoje o Corcunda passeou um pouco mais.

Esteve a escrever parvoices num jardim bem engraçado em frente à Sagrada Família.
O frio era muito, mas a manápula continuava a escrever como se o mundo acabasse hoje, vomitando palavras a um ritmo deveras impressionante. Agora olho para elas e parecem-me isso mesmo: parvoíces. Tentativas de diário, de poesia de alguidar, de deitar qualquer coisa cá para fora.

O resultado palpável, os escritos, nem foi muito bom, mas o facto de ter presidido áquela verborreia poético-sentimentalóide-de-auto-descoberta fez-me sentir bem. Sem saber porquê.

Têm sido uns dias algo agressivos, com estímulos das mais diversas índoles a afectar-me os sentidos. Agora procuro acalmar. E o mais estúpido é nem estar certo se estes estímulos me fazem bem ou mal, melhor ou pior, mais bonito ou mais feio. Mas acho que se forem mesmo importantes saberei, e dar-lhes-ei o devido valor e importância.

Tenho que ir, alguém precisa mais do computador do que eu.

Adeu

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Quarta-feira

Foi um dia engraçado. Tive uma tarde bestial, de repente parecia que tinha 17 anos outra vez, tal era a falta de responsabilidade que sentia, e os sentimentos.

Outras haverão. Espero.

Adios.

Corcunda vai a Barça

É verdade, Quasimodo está de partida para terras da Catalunha.

Sem grandes planos feitos, o bicho parte à aventura.

A cidade é fabulosa, conhece-a de outras viagens. Tentará agora conhecê-la de uma forma um pouco diferente, mais solto, sem sítios predefinidos para visitar, mais ou menos ao sabor do vento, porquanto este não sopre demasiado forte e o faça levantar voo.

Ausentar-me-ei, assim, do meu Cantinho durante algum tempo, pelo que a escrita terapêutica será alvo de um interregno.

Um grande bem haja.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Longe

A distância é do catano!

O Corcunda saíu da infecta babilónia a caminho de cenários mais campestres durante os últimos dias. E o ar puro fez-lhe, como quase sempre, muito bem.

O simples facto de não se encontrar nas imediações do bulício característico das modernas metrópoles é, per se, uma melhoria.

O contacto com uma realidade diferente daquela a que se acostumou é-lhe, aparente ou desejávelmente, extremamente benéfico. A lareira, que não possui na Notre Dâme, é uma melhoria fantástica, o estar a ouvir a bicha a estalar, a levar com os bafos emanados pela mesma e tragar um bom vinho com uma formidável preguiça por companhia...

O facto das horas não importarem, de, de repente, me ver envolto numa despreocupação daquelas que querímos que nunca findassem, é algo que muito me apraz. Nem para o "Zé Carlos" consegui mitigar a existência de uma total desconsideração pela invenção que foi o relógio (precedido, lógicamente, pelo tempo, para não correr o risco de soar incongruente). Estava a bater uma sesta com a adorável preguiça. E das boas.

Um pequeno senão: um fantasminha cujo nome não posso pronunciar (M.... M..!!!!) resolveu aparecer sem ser convidado, só para chatear. Fez das suas, deixou-o algo agastado, mas Quasimodo tem que aprender a lidar com estas merdas, e parece-me que está lograr obter resultados (ou pelo menos estratégias e conhecimentos que permitam alcançá-los). Já passou por bem pior, pensa. E, qual Peter Venkman, acabará eventualmente por o entalar o referido bicho num qualquer sítio de onde não saia.

Mas agora estou de volta, um pouco mais calmo e sorridente.

Esta semana visitarei uma capital regional europeia, apesar de ter a perfeita noção que os laivos de realismo campestre pouco se compadecem com o turbilhão que é Barcelona. E de lá trarei novas, se os dedos e os neurónios e a vontade não me faltarem.

Saudações Corcundescas

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Chefes

O que será que faz com que os chefes tenham sempre tão presente aquela fabulosa característica a que chamamos "Filhadeputice" ?

Que os bichos mandam, já nós sabemos.

Que nos dão merdas para fazer, é um facto.

Que temos que comer e calar (não sempre!), também já sabemos.

Agora que direito têm esses senhores de nos foder a vida só porque lhes apetece?

Só porque finalmente vou ter umas merecidas férias não é razão para um animalito dessa espécie me vir atulhar de trabalho, ou é?

Coisas que têm de estar feitas até ao final de Janeiro passaram, por mera auto-recreação de um puto a quem deram algum poder, a ter de estar prontas hoje. Única e exclusivamente porque o dito senhor quis. Grande sacaninha!

Este tipo de atitudes é algo que sempre tive dificuldade em compreender. O facto de um gajo ser cabrão só porque pode é algo que me agasta. Se toda a gente pensasse assim estávamos bem fodidos, era um Texas autêntico, com direito a pancadaria e tiros todo o santo dia.

Mas há algo que anima El Corcunda: o facto de não ter que pensar sequer nestes cabranitos na próxima setimana e meia é algo de espectacular. Vou ver se esqueço que esta malta existe, e tentar deixar de os tentar perceber, pois há uma realidade que desconhecia e da qual estou, pouco a pouco, a tomar conhecimento:

Nem tudo tem explicação, nem tudo é "entendível". E as coisas que o não são para nada mais servirão do que escavacar a cabeça à malta. Logo: Hakuna Matata!

Posto isto, vou aguardar ansiosamente pelo momento em que abandonarei meu local de trabalho, com o desejo de não mais voltar, e com a certeza que daqui a uns tempos baterei cá com os costados de novo.

Merry weekend.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

São rosas, senhor, são rosas...

Nostalgia in da house.

Corcunda e musgo tocaram esta música vezes sem conta.

dEUS - Roses

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Novela da TVI

Ele (Diogo Morgado, não sei o nome da personagem...) jura a pés juntos que não bebeu uma garrafa inteira de vinho, perante o Juiz, para se tentar escapar uma tramóia que alguém lhe imputa.

Piquena sinopse: O caso tem algo a ver com o Manuel do Tractor se ter envolvido num acidente com a tal personagem do Diogo, que mandou um puto qualquer prá sucata (descobri neste momento que é filho dele, do Diogo). O miúdo não morreu, mas está em coma ou assim, e é o único que o pode safar.

Voltando ao Tribunal: Enquanto jura a pés juntos que não bebeu, enquanto o empregado diz que sim, exalta-se, a Juiz manda-o relaxar o pipi, o bicho não acata a ordem, a Meretíssima manda-o calar de novo, ele não se cala, até que a Juiz diz algo do género:

O senhor cale-se se não mando-o pôr na rua!

A ele, ao Réu, que estava previsivelmente preso... Castigava-o a mandá-lo para a rua, em liberdade?

Mas que que que que que que fooooda-se!

Santa idiotice. Se ser estúpido pagasse imposto estava bem mais pobre, e agressivamente carimbado.

Lavoro

Porra que estou farto de partir pedra!

O que mais irrita é que são quase sete da tarde e ainda faltam umas horas para abandonar o meu local de trabalho. Dou por mim a olhar para ajoras às 8 e acho que ainda é cedo. Será que me estou a tornar num idiota engravatado que segue as normas e regras instituídas no sistema? A parte do idiota engravatado vá, até sou, agora o resto...

Daqui a uns dias o Corcunda partirá para um merecido período de descanso. Sem Esmeralda por perto, partirá em busca de qualquer coisa, sem saber bem o quê, mas busca-a.

O facto de não ter nada em mente é algo que me agrada. Há uns anos que não me sentia assim, solto. se calhar não devia, até porque devia ser responsável e essas merdas, mas de momento estou rigorosamente a cagar para isso.

Agora vou partir mais pedra, não vá um qualquer rico ficar menos rico por culpa minha...

Fim de dia

O Corcunda chegou agora à catedral.

Depois de um dia algo trabalhoso, encosta-se no seu sofá de pau feito de pedra e relaxa. O jogo da bola deixou-me todo partido.

Mas há coisas que o fazem levantar a cabeça. O simples facto de achar, de quando em vez, que pode ser quem quiser ser é algo de fabuloso. É bom sentir que o nosso destino está nas nossas mãos, e que por mais contratempos que surjam, somos sempre nós a moldá-lo, a criá-lo, a sacudir com um sorriso idiota a sensação de tristeza que aparece com os obstáculos, e que parece ser demasiado forte para aguentar. Mas não o será, porque se a merda começa a empilhar-se e um gajo não se mexe, só a ele se pode imputar tal facto.

Nem que tenha de fugir todo o santo dia de tempestades de cocó, mas parado não fico!

Com aqueles de quem gostamos longe as coisas ficam um pouco mais claras, não são simples nem transparentes, mas ao menos conseguimos entendê-las um pouco. E esse não me parece ser um mau caminho.

Há dias melhores, outros piores, e não é por um dia ser uma grande merda que valerá menos que os dias bons. Carpe diem, dizem, e assim tentaremos pôr carpas nos nossos dias.

Mas lá que os momentos de "bondade" sabem melhor...

domingo, 30 de novembro de 2008

Ébrio

Esteve o Corcunda durante cerca de 28 horas.

E não é que hoje se sentiu bem?

No meio da parvoíce veio o friozinho na barriga...

Weeeeeeeeeeeeeeeeee!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sexta

É um dia engraçado.

Só de pensar que, normalmente, a sexta-feira anuncia com dois dias de antecedência a próxima segunda-feira, dá vontade de ganir.

Este é, no entanto, um fim-de-semana "grande", em que a malta não labuta na segunda, e isso abriria, usualmente, portas a maiores aventuras.

Não será assim para o Corcunda, fruto da tempestade que paira por aqui e da ausência de compinchas para tal. Ainda assim sairá um pouco da catedral, para lavar as vistas e ver o mundo lá fora. Um bocado a medo, mas ainda assim confiante.

Quasimodo vai à rua.

A malta vê-se...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Dias cinzentos não me fazem cinzento

Esta é a conclusão de hoje (até agora, pois nunca se sabe o que poderá vir a acontecer...).

Apesar de ser, normalmente, um gajo cinzentão, o Corcunda possui hoje um estado de espírito contrastante com a cor dominante do dia.

Não posso dizer que esteja radiante, mas que estou bom. A maneira como certas e determinadas coisas nos afectam é, hoje mais que nunca, uma verdadeira incógnita. Certos aspectos das nossas vidas, que outrora pareceram os essenciais, parecem-nos agora menos importantes, quase que dispensáveis.

"O essencial é invisível aos olhos.", dizia o piqueno monarca do país onde havia sóis com fartura.

Estou mais perto de entender tal ensinamento, se bem que ache que o mesmo não será possuidor de uma verdade absoluta, há coisas bem visíveis que são essenciais. Um sorriso, por exemplo, é bem visível e essencial, e apreende-se com ojolhos.

A paz de espírito, essa sim, está por aqui, e não posso dizer que desgoste de ter a senhora por perto. O sentimento de consciência, de apreensão do que nos rodeia, de afastamento do que julgávamos ser o essencial, é, não obstante, algo contraditório:

Por um lado, o focarmos-nos em nós faz-nos sentir melhor, por outro, o desprendimento daquilo que sempre considerámos ser vital para o nosso bem-estar deixa-nos algo desamparados. Será que nos dedicámos a algo que, a final, não era o que nos fazia felizes?
Apenas o considerar essa hipótese assusta.

Mas faz-me sentir bem, mais eu.

E é assim que deve ser.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Honey and the Moon

Joseph Arthur no seu melhor.

Chamo a atenção para o facto do senhor gravar em palco todo o som que toca.



Boa noite.

Corcunda mais Quasimodo

Hoje o marreco teve um breve encontro consigo próprio.

Pecebeu umas coisas que lhe faltavam perceber. Para crescer tem ser mais ele próprio. Se para tal tiver que atropelar uns quantos transeuntes parisienses, tant pis, seja.

Apesar de lhe custar tornar-se um ser um pouco mais egocêntrico, egoísta, mesmo!, o bicho tem que se mexer. A sua indiferença para consigo próprio é algo que lhe moi a cabeça, no entanto pouco ou nada tem feito para o mudar. E isso, meus senhores, é algo que demonstra claramente que os limites da estupidez humana são imensuráveis.

A conclusão a que cheguei foi a seguinte:

Ao abominar a estupidez humana, ao não a tolerar nem uma migalhinha, não reparei no facto de que era aquilo a que se pode chamar um latifundiário da estupidez, tal é a extensão da que possuo. O estúpido descobriu que era estúpido, e assim achou que era esperto.

A Jasmine que não sabia da jasmine foi, neste aspecto, de uma valia impressionante.

Foi um pouco daquilo que o Corcunda já foi: um farol. Apesar das condições náuticas não serem as melhores, almejo chegar a bom porto.

Sem pressas, just enjoying the ride...

domingo, 23 de novembro de 2008

Sunday moody sunday

Os domingos na Catedral têm sido diferentes.

O sol entra forte pela janela e o Corcunda passa tempo consigo.

Neste momento visionamentaliza "Madagascar", animação digital da Disney ou Pixar sobre uma zebra do Zoo de Central Park que possui necessidade/vontade de ir para a selva. A coisa corre mal, e os amigos (incluindo Alex o Leão e Melman a Girafa) seguem no encalço da Zebra estúpida-que-nem-uma-porta-ondulada (palavras do menino Tonecas) a fim de a manter a salvo das vicissitudes da demanda.

Irei apreender visualmente a restante narrativa animada.

Bom domingo, em geral. (not..)

sábado, 22 de novembro de 2008

Bate forte, fortemente...

O Corcunda é, hoje, possuidor de solidão.

A bicha bate bem forte, mas algo diz ao marreco que é este o caminho para crescer.

O mais engraçado é que nem lhe apetece estar com ninguém em particular, só não estar sozinho. Não é bem verdade, há individuos com que até gostaria de estar, mas não pode.

Por outro lado tem a sensação de que a solidão não se sente por não estar com os outros, mas por estar sempre com ele. É um bicho bem difícil de aturar...

No sofá da Notre-Dâme, Quasimodo observa 22 senhores em calções a correr atrás de uma bola. Não que isso seja a melhor coisa do Mundo, mas é o que se arranja.

Os últimos dias foram algo duros para o inquilino da Ille-Saint-Louis, com muita porcaria na cabeça e poucas coisas que valham a pena. Mas lá está, quanto mais se quer não pensar, mais se pensa, e essa pescadinha de rabo na boca é tramada.

Talvez tenha que sair, daqui. O sítio é sempre o mesmo.
Ou talvez não, porque o que me escavaca a marmita há-de continuar a fazê-lo em todo o lado, logo, não adianta fugir. É preciso que me entenda.

Ou não.

Se possuirem conhecimento sobre algum sítio em conta:

Lobotomia precisa-se.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Epifânia Literária

Acabei de descobrir uma coisa.

Quando fui aos confins da Catedral buscar o computador para começar a escrevinhar o que me apoquentava, há uma ou duas semanas, cuidei que o fizesse para que outros (vocês, os leitores que não o autor, eu) lessem o que sentia, por uma qualquer necessidade de exteriorizar o que me atormentava, com uma frequência e implacabilidade lancinantes.

Mas não.

Entendi agora que é, acima de todos, para mim que escrevo, para ler e voltar a ler, para não me esquecer dos episódios da vida em que participo, e tentar não cometer os mesmos erros.

Assim seja.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Pásion

Música de Rodrigo Leão, interpretada por Lula Pena.

O Vídeo é do senhor ao qual aparece creditado no fim.

Já não ouvia esta música há uns anos, tinha-me esquecido do quão poderosa é.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Quasi descansa

Depois de chegar do trabalho de Corcunda (que não sei bem o que é...), eis que o Encurvado descansa.

Chegou ao seu castelo, sito na Ille Saint-Louis (o será na do lado?), e percebeu que não possuía manjar que lhe valesse. Desanimado, pôs água no fogo.

Foi ver no congelador da sua toca se havia um rissolito, uma croqueta, qualquer coisa que acompanhasse um arroz ou massa. Nada, niente, rien, só ervilhas e mais umas merdas pouco idóneas a acompanhar o acompanhamento. Decidiu: -Fusilli!

Pefeitamente convicto de que ía ser mais uma das noites mal comidas, pôs lei fusilli (normais e tricolore, pois havia um restinho de normais, depois da fuseta com hamburguesa da noite anterior) no pote e pensou: -E se pusesse os rabinhos de porco em azeite e alho, depois de préviamente cozidos al dente ?
E assim providenciou. (lembrou-se, em jeito nostálgico, de que sua Jasmine apreciava com ele, de maneira souvent, semelhante repasto).

Eis que se deu a epifânia: -Ervilhas!!!

E toma lá bifanas, outro pote ao lume descascar batatas uma cebola azeite lá pra dentro e temos uma "sopa in progress"!

Saca as ervilhas da arca congeladora medieval, e após quinze/vinte minutos de cozedura, bota as bichas lá pra dentro. A seguir..............
TRAGÉDIA!..Eram poucas, as ervilhas...

Desanimado, uma vez mais, até porque o pacote de ervilhas que restava estava fechado herméticamnte e nos confins do indesit do tempo dos reis, buscou no frederico (ou gorífico, como lhe chamam...) um pacote de fungos brancos laminados (AKA cogumelos), e: - Já tás! Cogumelos lá pra dentro e espera que ferva.

Agora espero e escrevo enquanto ferve, para depois pegar na varinha mágica e fazer creme de ervilhas à laia da arlete com umas reminiscências de sopa de cogumelos da ana maria.

Às vezes é bom ser quem sou.

Agora tenho que ir que a massa já tá fria.

domingo, 16 de novembro de 2008

Contrariedade.

Mais um porradão de "pensanço" durante o fim-de-semana. Com uns resultados engraçados.

O Corcunda chegou a uma conclusão: por mais que não procure situações, acaba sempre por se ver confrontado com essas mesmas situações, mesmo que tente fugir, acabam sempre por apanhá-lo, às vezes melhor, outras pior.

É engraçado ver as relações interpessoais com alguma distância. Diferentes pessoas proporcionam-nos diferentes estados de espírito, quer seja a super-heroína que apesar das dificuldades leva a vida com um sorriso na cara, e nos faz rir, quer seja a bela que nos fez em tempos suspirar, e que nos faz sentir o frio no estômago, quer seja a pessoa mais fechada do mundo, que se abre um pouco connonsco e nos faz sentir, de alguma forma, especiais, quer seja a pessoa que conhecemos toda a nossa vida, e que faz algo de que não estamos à espera. Todas nos tocam, todas nos fazem sentir.

A questão que se põe é: Onde estão os limites?

Os nossos, os dos outros, os nossos quando estamos com os outros, e quando não estamos.

É um facto que tudo o que sejam relações vive um pouco da nossa visão delas, se achamos que algo é bonito, para nós passa a sê-lo, se nos faz sentir mal, passa a ser mau. Acho que a tónica da questão está na importância que lhes damos, no quanto as deixamos afectar-nos, e na disponibilidade (muitas vezes inconsciente) que temos para as enfrentar. Mas o Corcunda, pessoalmente, não consegue escolher umas para aceitar e outras para rejeitar.

Neste momento não procura nada nem ninguém, mas o mundo continua a girar, e aquilo que procura é algo que não vem de fora: procura-se a si, o seu lugar na complexidade inerente à vida, e a melhor maneira de a levar.

Esta indisponibilidade assusta, e o Marreco tem medo de se estar a tornar pior pessoa por isso.

Boa noite.

sábado, 15 de novembro de 2008

Friday I'm in Love

Sexta-feira, pasmaceira.

Na Notre Dame, o Corcunda lambe as feridas.

Talvez sim, esteja mesmo.

A vida é muito engraçada, de repente muda de rumo e ficamos à nora.

Perto não vemos nada, tudo é assustadoramente mais bonito visto de fora.

Daí o custar deixar ir, porque as memórias acabam por prender a malta, quase que viciando.

Corcunda rests his case.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Corcunda a mil à hora (contém palavrões)

Lá está o marreco a fazer das suas.

De repente, distrai-se.... e Zás, eis que a maratona começa.

Esta merda de se pensar muito tem que se lhe diga. Até que ponto é que por pensarmos mais fazemos melhor?

Nunca pensei muito nisso, mas parece-me que pensar de mais faz mal. Acabamos por complicar as coisas, muitas vezes vendo-as onde não existem. E quanto mais um gaijo pensa nelas e quer deixar de pensar, pior. Tá tudo fodido!

Mas que que que que que foda-se...

Então anda aí um míudo a tentar fazer as cenas da forma certa, depois de nelas relectir e descobrir a melhor maneira de as fazer e acaba sempre por fazer as merdas mal?

Porra (com som de 3 erres)!

Chega-se à conclusão de que pensar demais faz mál à tola. E à malta, em geral.

Aqui chigamos à pergunta -

E qual é a solução?

Pensar de menos não pode ser, porque o caos instala-se. Acabamos por nunca reflectir (continuando a pensar, porque o Corcunda não descansa...) nas merdas que fazemos e, quando conseguimos alguma clarividência, apercebemo-nos de que elas não passam disso mesmo: MERDAS.

Não damos uma prá caixa, mas como dizemos, se calhar até acreditando e nunca o fazemos, que não pensamos nisso, as águas vão passando, e merda que fazemos vai para um qualquer Trancão emocional, que acaba eventualmente por ceder, deixando a malta adivinhem em quê? Na Merda, esse estado peculiar e consistentemente presistente em que volta e meia nos vemos (e muitas vezes, ainda que inconscientemente, do qual não queremos sair, vá-se lá saber porquê), e que para além disso é chato pra xuxu.

Julgo que a resposta será encontrada algures num equílibrio entre as duas formas de levar a vida, algures entre o idiota que tem sempre a cabeça a mil e não pára de pensar e o azeiteiro que faz tudo sem pensar nas consequências e acaba por pensar, exactamente aquilo que evita a todo o custo.

(Vozinha querida, como que a fazer um cafunézinho verbal ao interlocutor) Equílibrio, onde estás?

A Justiça é cega.

Foi uma expressão que sempre ouvi, mas apenas hoje entendi o seu verdadeiro significado.

É que a justiça ser cega carece de explicação:

É uma cega em Portugal!

- que tem que ficar à porta dos hospitais porque não há inscrições em braille indicando onde se entra;

- que tem que esperar dez anos (no mesmo hospital) para que lhe seja marcada uma operação de que necessita com urgência;

- é uma cega nos tribunais, onde demora quinze anos à espera que lhe seja reconhecido um direito que qualquer pessoa com dois olhos na cara veria;

- é uma cega na perseguição à corrupção e ao mau governo, onde quem chega perto lá de cima invariávelmente se torna cego, ou finge que não vê;

- é uma cega porque lhe faltam ojolhos para perceber o que é a justiça poética, onde quem pena comó caraças acaba por penar ainda mais;

- pior, é cega porque não quer ver.

Será que um Governo gerido por oftalmologistas faria sentido?

Tenho dito.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Hurt - Peter Murphy

Eis uma das músicas mais tristes e sinceras de que possuo conhecimento.
Música escrita por Trent Reznor (Nine Inch Nails), cuja interpretação por Johnny Cash é também bem engraçada.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Telémoveis assassinos (ou não...)?

Estes bichinhos, que toda a gente tem um, têm muito que se lhe diga.

Mantêm as pessoas, na teoria, mais perto, à distância de carregar numa tecla (viva o speed-dial!) e no botanito de chamar. Mas também as afastam, pois o ser tão fácil falar faz com que se fale mais e pior.

Quantas das conversas telefónica aconteceriam se as pessoas estivessem cara a cara?
Quantas idiotices não se diriam se tivéssemos um interlocutor in persona? Dos verdadeiros, em carne e osso, com expressões que nos mostram o que se passa.

Mas também têm, os Tamagochis da comunicação, vantagens, há conversas que seria uma pena se ficassem por existir, algumas fazem crescer, outras apenas sorrir.

Hoje tive uma das boas, por isso vou dar aos piquenos telefones portáteis o benefício da dúvida. Mas eles que se cuidem, porque o Corcunda está a topá-los!

Quasimodo Turbo

Meti o turbo, estou em modo frenético.

Sempre tive dificuldade em lidar com opiniões/pensamentos/fés/credos diferentes dos meus, acabava invariávelmente por tentar impor os meus, ou quando tal não era possível, dizer/mostrar/fazer o outro acreditar que era melhor a minha. Impor, era na verdade o que fazia. E faço.

O que mais me fode a marmita é mesmo o facto de o saber e ainda assim continuar a fazê-lo. Aquela consciência estúpida de que faço algo, repetida mente, mal, e não ser homenzinho para parar de o fazer. Sinto-me como um pai a ralhar a um filho, ou um professor a repreender um aluno. Em minha defesa poderia dizer que o faço com boas intenções, mas tal seria dar um passo tendente a ganhar a contenda. O que não devo, não posso, e não quero fazer.

O João Gilberto diz, a dado momento, num dos seus poemas cantados, algo do tipo (Expressão exclusivamente dedicada à aniversariante, sim, a vós, que cuidais que me olvidava de tão magnífica e iluminada data, em que veio ao mundo o que de melhor ele tem) "às vezes é melhor perder uma discussão". E não me parece que tal verdade seja, de todo, discutível.

É um facto que discuto, quase tudo, e que ganho, quase sempre.

Se com isso acabo por agastar as pessoas, é um problema.

Se com isso acabo por afastar as pessoas, não pode continuar.

"Como?" é a pergunta que se impõe.

O Marreco trabalhará nisso, com afinco, mas se alguém souber, diga-me, grite-me, que este autismo emocional anda a deixar-me com uma marreca sentimental.

O Corcunda consta que tem bom fundo, pois se o tem, mostre-o, se não, então que se deixe destas merdas e procure conforto para outras bandas.

domingo, 9 de novembro de 2008

Last flores até ao Hospital

Eis uma música que partilho, cuja letra é bem catita.



Last Flowers 'till the Hospital

Appliances have gone berserk
I cannot keep up
Treading on people's toes
Snot-nosed little punk

And I can't face the evening straight
You can offer me escape
Houses move and houses speak
If you take me then you'll get relief
relief, relief, relief, ...


And if I'm gonna talk
I just wanna talk
Please don't interrupt
Just sit back and listen

Cause I can't face the evening straight
And you can offer me escape
Houses move and houses speak
If you take me then you'll get relief
relief, relief, relief, relief...

It's too much
Too bright
Too powerful

Too much
Too bright
Too powerful

Too much
Too bright
Too powerful

Too much


Agora na língua de Camões:


As Últimas Flores até ao Hospital

Os electrodomésticos ficaram malucos
Eu não posso continuar
Pisando nos dedos dos pés das pessoas
Piquenos bandalhos arrogantes com ranho nos narizes

Eu não posso encarar a noite de frente
Podes oferecer-me uma saída
Casas que se mexem e casas que falam
Se me aceitares terás alívio, alívio, alívio, alívio

E se eu vou falar
Eu só quero falar
Por favor não respondas
Senta-te para trás e ouve

Porque eu não posso encarar a noite de frente
Podes oferecer-me uma saída
Casas que se mexem e casas que falam
Se me aceitares terás alívio, alívio, alívio, alívio

É demais, demasiado brilhante, demasiado poderoso

Demais, demasiado brilhante, demasiado poderoso

Demais, demasiado brilhante, demasiado poderoso

Demais

sábado, 8 de novembro de 2008

Canuca

Canuca

Ó piquena flor
Neste árido alcatrão plantada
Que tens beleza farta

Tão cheia de valor
Por certo desencontrada
Do sentimento que t'envio nesta carta

Possuis espinhezas que fazem furor
Junto da multidão a ti postrada
Em mim despertas emoção em barda

Sem ti meu ser é fraco
Meu mundo possui pobreza
Não te ter perto faz vácuo em mim

Mas em meu coração te trago
A ti, minha realeza
Porra, que dói viver assim

Historieta hipotética

Marineide, mocinha de inegáveis virtudes, pôs ao Corcunda, via converseta telefónica estabelecida hoje por volta das 9 e picos de la noche, a seguinte hipótese:

Se eu fosse uma gaja gira, a quem um qualquer badameco tivesse endereçado um convite para jantar, ao qual eu (já na pele da gaja) tivesse respondido com um peremptório "Não!", e o Don Juan viesse ter a minha casa (a da gaja, que era eu), o que é que eu (a gaja, ainda), faria?

a) Perceberia que o bicho, sendo alguém por quem nutrisse (a garina, não eu!) alguma simpatia ou até amizade de alguma monta, entenderia que tal personagem necessitava de falar com a minha pessoa (enquanto gaja) com um carácter algo urgente e, eventualmente, anuiria a tal "convite"; ou

b)Acharia, enquanto gaja, e portantos enquanto ser naturalmente propício a bate-coiros frequentes, que o míudo tinha a mania que era engraçado, e que apesar de não me conhecer (a ela) de forma idónea a possibilitar o desenvolvimento de um qualquer sentimento, que a criança estaria a tentar a sua sorte, à porta errada (a da moça), e instruiria o senhor para ir pregar para outra freguesia que não a minha (dela).

Zás, eis que o Corcunda se revela como excelente conselheiro de situações parvas!

Boa noite

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Buongiorno Principessa

Muito bom dia.

"El Corcunda" diz que anda melhorzito.

Apenas umas poucas de pensadelas e respectivas conclusões podem fazer maravilhas. Se um gajo parar para pensar um bocado acaba por ver as coisas com mais clareza, e aí tudo o que parece muito complicado acaba por parecer resolúvel, ou menos complicado, na maior parte das vezes.

O Homem tem, desde que a Eva comeu a bela da maçã e fez o amor com o Adão, uma tendência exacerbada para a complicação, para a problematização, e libertar-se desse mesmo modo de encarar a vida é algo que é extremamente difícil, chegando mesmo a parecer impossível.

O Marreco tem que ir trabalhar.

Maninho és o máior.

Um grande bem haja

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Piegas

Já passou a pieguice, já sou um verdadeiro machote outra vez.

Estes momentos de fraqueza são do catano, tão depressa vão como vêm.

Um grande bem haja

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Necessidade

De falar, de tirar peso de cima de mim, não para cima de ninguém, só de cima de mim.

Às vezes é demais, mesmo que só para mim.

De fora sou só parvo, cá dentro sou o Atlas.

Desculpai o desabafo, teclado que idiota que não responde.

Turbulência

Certas e determinadas coisas fazem-me dispparar a cabeça e tudo o resto.

Pequenas vicissitudes da vida dão-me a volta à marmita e fazem-me por tudo em causa, até as únicas poucas crenças que tenho.

O facto de me assustar com isso não contribui para que lide com as coisas da melhor maneira, e isso chupa (sucks, em americano).

O equilíbrio ideal para lidar com isso é algo que ainda não possuo, não conheço, não sei sequer como se obtém, mas há-de chegar.

Ou vai ou racha, como eu...

Novo Encurvado? Ou o Velho de volta?

O Corcunda tem andado a tentar crescer.

Após bastante tempo (práí umas 4 ou 5 horas) sozinho, eis que o monstro começa a perceber algumas coisas.

É engraçado, as merdas à nossa volta, e em nós também, nunca são tão más como as vemos, nem tão boas como queriamos que fossem, são um qualquer meio-termo, uma espécie de lusco-fusco emocional, cuja precepção depende do quanto as conseguimos entender.

E um gajo esforçar-se não tem nada a ver, alturas houve em que o Curvado Emocional tentou, por todos os meios, perceber tudo o que se passava à sua volta, sem nunca lograr cosegui-lo.

A chave estava em aceitar esse "tudo", não em tentar compreendê-lo, porque isso vem depois.

Por isso, aceitemos o que aparece, sem nos conformar-mos com isso (isso nunca!), e tentemos ser crescidos, o que quer que isso queira dizer.

Uma boa noite.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Fim de semana

Weeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!!!!!

Animação à fartazana.

Talvez me divirta.

Vou ver se cresço mais um pouco (que metro e 69 é curtinho, eh eh eh!).

Já só faltam dois dias para 2ª feira.

Até já.

Alligators (jacarés) bebés



Esta letra é algo de fabuloso.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Damião Arroz



Este miúdo bufa.

Os Putos

Parecem bandos de pardais à solta...

Até vir a fase em que um qualquer caçador lhes manda com a bela da chumbada (devia ter dito amanda, eu sei... mas o tinto é do caraças, só para não voltar atrás tenho o triplo do trabalho a explicar isto), à semelhança do que acontece quando crescemos.

As responsbilidades e cenas prendem-nos como se de uma armadilha se tratasse, e dão uma volta...

Passamos dum estado de total estado de despreocupação para um mar de cenas que nos preocupam de forma constante. E que nos fazem sentir mal, não nos deixam descansar, nem ser.

Estou frenético, já fumei um porradão de cigarros, não consigo arranjar maneira de me acalmar, e isso está-me a preocupar bastante.

Vou desligar-me, esta terapia não possui, de momento, viabilidade.

Trabalho?

Alguém me consegue explicar o que é a merda do trabalho?

Há uns anos (muitos janos) fazia sentido:

Se querias comer couves e tal, plantavas.

Se querias comer bofes (carnufa), criavas a bicheza e ópois matávazia.

Se querias peixinho do bom, zucas, cá vai disto, vamos à pesca (actividade que o marreco bem aprecia).

Depois começou-se a complicar:

Havia uns que faziam isto, outros aquilo, mas a malta, em comunidade, lá se ia entendendo.

Pumba, eis que aparece um bicho chamado Ford, que escavaca a cena toda com uma teoria maluca chamada "Standartização" (Estandartização para os mais puristas, amantes de neologismos), que diz mais ou menos isto:

Se produzirmos milhares e milhares de coisas (no caso automóveis) iguais, é muito mais fácil produzir de forma massificada, reduzindo os custos, apostando na especialização, fabricando todos os componentes separadamente (sim, quanto mais desintegrado estiver o produto final mais máquinas podemos pôr a produzilas), remetendo o Homem, no processo de fabrico de bens de consumo, para um cantinho ainda mais escuro que o meu, ficando este com um papel residual.

Resultado:

Queres filet mignon, trabalha que nem um parvo para poderes comprá-lo por muito mais do que vale.

Queres comprar casa, endivida-te até aos olhinhos e passa 45 anos a pagá-la.

Queres ter filhos, faz bem as contas, que és capaz de ter que vender um rim para lhes pagar a educação.

Queres descansar, trabalha que isso passa.

E o que me irrrita nem é nenhuma das parvoíces (se bem que verdadeiras) supra descritas, é mesmo o facto de estar cada vez mais convicto de que não há uma relação causa/efeito, um Yin e um Yang, uma qualquer treta kármica que me assegure que todas a merdas com que levas (e as que fazes, porque não?) terão uma contrapartida. Tás mal agora? Isso quer dizer que vais estar bem, eventualmente.

E é a verdade, essa treta não existe.

A justiça poética que vá de p. q. a. p..

E nós, ao trabalho!

Busta no caga!

Hoje o corcunda acordou sobressaltado.

Já passava meia hora da hora de acordar, e, com as notícias radiofónicas como pano de fundo, eis que o marreco desperta.

Às vezes é bem catita acordar atrasadíssimo, não ter tempo para fazer nada, sair de casa sem o cinto (!). E é bem catita porque tudo aquilo que achamos que "temos de fazer" se relativiza, e perde importância face à eventualidade de um gajo chegar tarde ao trabalho e levar nas orelhas, de um qualquer engravatado com a mania que é esperto e espirituoso.

É esse uma das principais falhas de Quasimodo: é um animal perfeitamente inconsciente no que ao decoro e formalidade diz respeito, acha que se ontem saiu às dez da noite, hoje pode entrar as dez e meia ou onze, acha que se trabalha muito, deve receber muito, acha que quando tem razão, deve insistir e lutar por ela, esse tipo de merdas.

Esta inconsciência será, até certo ponto, saudável, e até útil (inclusive para terceiros, que estão sempre a ser encavados porque só "comem e calam", e aqui poderão, pelo menos, entender que não precisa de ser sempre assim), mas não deixa de qualificar o encurvado como uma qualquer ave rara, que caiu no mundo gravatesco e de barba feita por mero acaso.

Tenham um bom dia.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Bom som

Ontem, no início da noite, assisti a um dos melhores concertos dos últimos tempos.

A Senhora chama-se Nneka e canta pra xuxu.

Como não possuo conhecimentos ao nível cibernético (sim, é mesmo preguiça...) de forma a postar um qualquer video do qual conste a referida Senhora e sua música, deixo o link de onde podem sacar o álbum:

http://rapidshare.com/files/.../Nneka_-_No_Longer_At_Ease__2008_.rar

Um grande bem haja

Na friaije da noite

A noite de ontem foi estranha.

Fui assaltado por um turbilhão de emoções e sentimentos que me tiraram o chão debaixo dos pés.

Quasimodo sempre teve dificuldade em lidar com essas coisas, mas agora prepara-se para crescer. Farto de não ser ele o timoneiro (o homem do leme) do barco que o transporta, eis que o corcunda se emancipa: saber dizer o que tem que dizer quando tem que dizer como tem que dizer. Isto numa primeira abordagem, depois passará a fazer. Tudo o que nunca fez.

Foi mais uma noite mal dormida, mais um resquício das assombrações que me escavacam a cabeça desde que me conheço.

Mas está tudo em mim, e, por isso, cabe-me a mim resolver tudo.

Esta merda de crescer é do caraças.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Depois da tempestade.

Vem a bonança, dizem.

Facto é que depois de um gajo estar na merda toda e qualquer melhoria parece uma evolução do catano. Vejamos:

Se peguntarem a um refugiado de guerra se acha que a Segunda Circular é um sítio sossegadinho para morar, a resposta será, em princípio, que sim, que é uma zona agradável, calma.

Se perguntarem ao Jesualdo Ferreira se um empate em casa com o Leixões é bom, concerteza que este anuirá.

Se me preguntarem a mim se hoje é um dia espectacular, dir-vos-ei, de pronto, que não!!!! Não é só por ter tido uns últimos dias de merda que acho que o dia de hoje, se bem que menos merdoso, é espectacular! Porque não é.

Chegamos então à questão essencial: Porque é que a malta tem que ter dias/horas/situações/problemas/dúvidas/pessoas merdosas?

É para dar mais valor ao que se tem de bom?

Ou para ficar contente com menos?

Esta merda de sermos o que somos porque nos comparamos com tudo e todos irrita-me. Mesmo.

Either way, je m'en fou.

Desculpem...

Cuidam, V. Exas, porque existem trampolins à fartazana no Pólo Sul?

Estes instrumentos servem, tão sómente, para o Urso Pular.


Tinha que partilhar isto.

Boa noite

A vocês, que ao meu Cantinho não vêm, desejo-vos uma muito boa noite.

Aqui não somos nós, somos eles.

Cá vivemos fora das nossas vidas.

E aproveitamos para comunicar, um pouco.

Parvoíce é uma estranha forma de vida.

Que celebramos, aqui, hoje, agora.