terça-feira, 21 de abril de 2009

Bebericante bipolar

Eh eh eh...

E não é que o Corcunda virou de estilo?

Agora já passou a irritação, e está-se bem melhor. Esta cegada de ser um bipolar em termos de gestão de sentimentos/sensações é do camandro. Basta um toque certo no botão e zás-trás-pás, eis que o Bicho se transfigura.

Suponho que se algum dia conseguir perceber estas merdas venha a ser feliz com isso, até porque sentir é bom, desde que a malta não se deixe dominar por isso. Estar sempre alerta, em termos sensoriais, é fixe, é genuino. Mas se começo a marmitar demasiado com isso temos o burro nas couves, porquanto possuo inventação de problemáticas cuja fundamentação não as legitima, e só chateiam e me afastam. De mim o doj'outros.

Agora vou aproveitar, uns copos com El Alentejano e umas lições de vida piquenas fazem-me sentir nas minhas sete quintas (se bem só seja proprietário de um cantinho de terra no Alentejo profundo).

Elliot Smith - Between the bars



(possuia uma aflição mictória, que prontamente resolvi com ida académica no banheiro - ufa!)

Parece-me que vou dormir bem.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Labutante

O Corcunda está fodido com a vida.

Então não é que ainda está no seu local de trabalho?!

Bem sei que p'ra brincar aos crescidos é preciso trabalhar, mas tudo o que é demais faz mal.

O mais engraçado é que até fiz montes de merdas, mas nada que me ocupasse a cabeça, como certa e determinada pessoa a espaços faz.

E sem nada que me faça pensar, fico absurdamente irritado, com vontade de partir tudo o que me aparece à frente à cabeçada!

Bem sei que sou queixinhas, mas antes vomitar estes sentimentos idiotas num qualquer espaço que nem existe do que apoquentar quem quer que seja com parvoíces minhas.

A banda sonora seria mais ou menos isto:



Foda-se que vou p'ra casa

Retornado

Acaba de chegar a casa o Corcunda.

O passeio foi profícuo, e, para ser sincero, não queria estar de volta, pelo menos já, tal foi o impacto do mesmo sobre a minha pessoa.

Amanha talvez escreva sobre isso.

Depois de 4 horas de caminho, sinto-me assim:

Belle and Sebastian - Stay Loose



Buona notte

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Rapidinha

Estou de saída, e com esta música na cabeça.

Ele há coisas do caraças, p'ró que me havia de dar...



Inté

De partida

O Corcunda vai à Espanha.

De partida está para um fim de semanita prolongado em terras de nustros hermanos, mais precisamente na cidade das rãs.

Possui um rendez vous marcado com compincha projecto-de-médica.

A ver se descanso, que ando meio agastado (é capz de ser mesmo gasto) com esta cegada de andar a brincar aos adultos.

Não me agulharei esta semana, facto que me deixa consideravelmente triste. O bem que me fazem ficará em suspenso.

Deixo uma musiquita, cantada por uma senhora que foi , e ainda é, um outro ódio de estimação. Nunca liguei muito, mas esta música até é gira...

Hole - doll parts



Boa viagem p'ra mim

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O fim de um mito

Hoje o Corcunda tem uma confissão a fazer.

Sempre fui um fundamentaliste do camandro, e, por força de a Piquena Gnomo ser vicida numa banda, e da referida senhora muito me tocar, à data, embirrei que não gostava da referida banda.

Cheguei à conclusão que não posso ser cabeçudo, e descobri uma música (algumas, pronto!) da citada banda que muito me satisfez.

Sinto quem me faz sentir bem longe, cada vez mais, e isso incomoda-me, mas como possuo necessidade de aprendre a etre seul, terei que viver com isso, e mil trovões me caiam em cima da cabeça se vou ensinar outra vez o futuro a ser como quero. Ainda assim custa, e não é pouco.

Como previsto, segue a musiqueta:

Portishead - The rip



Adieu

(a pedido, alterei o título original, porquanto o mesmo era susceptível de ferir a sensibilidade de alguém)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

No pasa nada

Mais uma semanita, mais uma sigunda-feira a pegar no batente.

Acordei às 9:50, quando devia entrar no planeta dos engravatados lá prás 9 e meia. Nada do outro mundo. Deitei-me tarde p'ra xuxu, após uma sessão algo duradoura de navegação cibernética. Mas ontem até acho que valeu a pena, para contrastar com os dias em que deito tardíssimo sem grande propósito.

Andei a pensar, de cabeça cheia mesmo, mas ao contrário da bipolaridade que é, normalmente, para mim o acto de pensar, em que percorro caminhos sem fim e nunca chego a lado algum, até me senti em algum lado quando parei.

Agora acabei de chegar, depois de um jogo da bola merdoso, em que empatámos com uns gajos que são uns matrecos, após um merdoso dia de trabalho, em que fiz um porradão de coisas que não interessam ao comum dos mortais, estou por casa. E longe do toque feminino que permito.

Deixo um sonzito, para animar a ialma (e para tentar mudar o meu abjecto desinteresse pela coltura):

Rokia Traoré - Dounia



Godspeed

Pascoeta

Há já algum tempo que os feriados religiosos perederam o misticismo para o Corcunda.

Ainda assim esta Páscoa acabou por ser agradável, passada com o mano e com Sra. Arlete, em família, pequena mas boa, sempre disposta a fazer de mim um homenzinho, e com alguma calma.

Comuniquei, a espaços, com quem me faz sentir bem, mas o propósito actual é de me safar solito, sem ninguém a amparar as quedas, e de alguma forma hei-de fazê-lo.

Passando a parte picuinhas, deixo um sonzito que tenho andado a ouvir:



Buona sera

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Silêncio

Sempre tive uma relação algo conturbada com o dito cujo.

Alturas houve em que ficar calado parecia uma ingrata tarefa. Olhando para trás, havia tantas coisas que não precisavam de ser ditas e que o foram. Tal como haverá outras tantas que nunca se dirão e tinham que o ser.

O silêncio é, cuido eu, um bicho que faz falta, quase um dos aminoácidos essenciais, e sem ele não conseguimos ouvir o que se passa lá fora. Isso é jodido.

Também é verdade que não sou grande ouvinte, mas lá terei que aprender a ser. Se o barulho é muito não percebemos nada do que se passa, deixamos o que importa e o que não importa numa grande salganhada. Foda-se que hoje estou particularmente parvo!

Vou-me calar, para ouvir o que se passa lá fora...

Silent Poets (o video é de ignorar, porquanto aleija ojolhos)



Cheers

sábado, 4 de abril de 2009

Hoje tive uma...

Epifania.

Foi mesmo catita. Após porradão de tempo a marmitar em casa, resolvi sair. Falei com ela, depois fui ter com o amigo que não me conhece bem, e algures no meio disto percebi o sentido de algumas das merdas que me lixam a mioleira.

Sabe bem. E acho que tomei umas decisões. Que acho que vou cumprir. Para variar um bocado, que eu sou aquilo a que se podia chamar um político do sentimento: prometo, prometo e depois não cumpro.

Acho que vou tentar escrever as cenas que percebi, que a esta hora a mente já não apreende tanto e possuo medo de me olvidar dos meus caditos de auto-conhecimento.

Hoje não deixo música. Está um dia do caraças, o amanhecer perto do Tejo foi fenomenal e agora possuo uma reserva no Vale dos Lençóis Inn, que pretendo utilizar.

Buongiorno

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Footsteps (ou pegadinhas de dinossauro sentimentalóide)

Não sei bem porquê, mas lembrei dessa música. Acompanhou parte da minha juventude, e é algo triste, mas bem bunita.

Footsteps - Pearl Jam



Para embelezar um pouco a coisa, veja-se o que os nossos amigos de Terras de Vera Cruz fazem com o seu tempo livre:

"Pegadas

Nem mesmo pense em me procurar, eu não estarei em casa
Nem mesmo pense em vir aqui, não pense em mim
Eu fiz, o que eu tive que fazer, se havia uma razão, era você...

Aah... nem mesmo pense em vir entrando
Vozes em mim cabeça... ooh, vozes
Eu tenho arranhões, pelo meu braço todo
Um pra cada dia, desde que eu me isolei
Eu fiz... o que eu tive que fazer... se havia uma razão, era você...

Pegadas no corredor, era você, você... ooh ooh ooh...
Fotos na minha cômoda, era você, era você...

Ei... Eu fiz, o que eu tive que fazer... e se havia uma razão
Oh, não havia nenhuma razão, não
E se há algo que você gostaria de fazer
Só me deixe continuar, a culpar você
Pegadas no corredor, era você, você... ooh ooh ooh...
Fotos na minha cômoda, era você, você..."

(Tradução de um zuca bem paciente, disponível na intermet)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sonhos de menino (não é a do Tony...)

Sempre ache que conseguiria ser exactamente aquilo que quisesse.

Mentira, não foi sempre. Desde que me comecei a conhecer que pensei que não haveria grandes limites capazes de me segurar.

Passei pela fase de querer mudar o mundo. Mais, de acreditar que o podia fazer.

Acreditava, estúpido, que estar apaixonado por alguém era a melhor coisa do mundo, e que isso podia completar-me.

E nessa altura era um tipo bem crente. Acreditava na cena de fazer o bem e tal, e que devia ser a melhor pessoa que pudesse.

Com o passar do tempo vim a perceber que as coisas não funcionavam bem assim.

Os limites existem, ou assim deveria pensar, e são, em grande parte, impostos por nós, pela nossa inércia.

Fazer o bem é bonito e tal, mas não nos faz necessáriamente melhores.

Gostar de quem quer que seja não chega, é preciso trabalhar para que as coisas corram bem com a de quem gostamos.

Acreditar é giro e fofo, mas quanto mais acreditamos mais fodidos ficamos quando as coisas não correm como queremos.

Já não quero ser a melhor pessoa, só um tipo feliz.

Elis Regina -Romaria



Cheers