terça-feira, 11 de novembro de 2008

Quasimodo Turbo

Meti o turbo, estou em modo frenético.

Sempre tive dificuldade em lidar com opiniões/pensamentos/fés/credos diferentes dos meus, acabava invariávelmente por tentar impor os meus, ou quando tal não era possível, dizer/mostrar/fazer o outro acreditar que era melhor a minha. Impor, era na verdade o que fazia. E faço.

O que mais me fode a marmita é mesmo o facto de o saber e ainda assim continuar a fazê-lo. Aquela consciência estúpida de que faço algo, repetida mente, mal, e não ser homenzinho para parar de o fazer. Sinto-me como um pai a ralhar a um filho, ou um professor a repreender um aluno. Em minha defesa poderia dizer que o faço com boas intenções, mas tal seria dar um passo tendente a ganhar a contenda. O que não devo, não posso, e não quero fazer.

O João Gilberto diz, a dado momento, num dos seus poemas cantados, algo do tipo (Expressão exclusivamente dedicada à aniversariante, sim, a vós, que cuidais que me olvidava de tão magnífica e iluminada data, em que veio ao mundo o que de melhor ele tem) "às vezes é melhor perder uma discussão". E não me parece que tal verdade seja, de todo, discutível.

É um facto que discuto, quase tudo, e que ganho, quase sempre.

Se com isso acabo por agastar as pessoas, é um problema.

Se com isso acabo por afastar as pessoas, não pode continuar.

"Como?" é a pergunta que se impõe.

O Marreco trabalhará nisso, com afinco, mas se alguém souber, diga-me, grite-me, que este autismo emocional anda a deixar-me com uma marreca sentimental.

O Corcunda consta que tem bom fundo, pois se o tem, mostre-o, se não, então que se deixe destas merdas e procure conforto para outras bandas.

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