terça-feira, 30 de dezembro de 2008

...

Quasi chega a casa.

Depois de uma noite de loucura, eis que o bicho repousa. Come sushi, sozinho, no conforto da Catedral.

Foram variadas as situações que enfrentou hoje, mas crê tê-lo feito da melhor forma possível.

Após uma saída tardia do bureau o Corcunda decidiu anuir a um convite que lhe havia sido endereçado. Saiu.

Passou por tudo e mais alguma coisa, desde a amiga que há muito não via, passando pela mulher da qual não soube tratar, com uma breve incursão pela miúda que já o fez palpitar e que não o compreendeu, não olvidando a criancinha que agora cresceu, com breves tentativas de contacto com a miúda do mau feitio, a moça que o faz sentir bem e a sua Esmeralda, para acabar a noite a comer peixe cru sozinho.

Não posso dizer que me sinta mal com isso, é extraordinariamente bom sentir-me assente sobre os meus pés, sem "muletas". Sou só eu.

O sushi já não está fabuloso, o arroz já está duro, mas eu estou engraçado, com vontade de fazer qualquer coisa, e isso é bom.

Estou farto de estar parado, de ver as coisas a passar e a lamentar o que não fiz ou podia ter feito doutra forma, por isso decidi não o fazer. Agora vou voltar a ser a criancinha que sentia tudo, sem medo do que daí possa vir. Ou o homem que sempre quis ser, forte, decidido, confiante.

Nem sei bem, só sei que vou ser alguma coisa.

Tenho que ir dormir, que amanhã possuo um despertar algo vespertino (pleonasmo, mas lógico).

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

De volta

Quasimodo está de volta às lides citadinas.

Após um breve período de afastamento, motivado por necessários e tendencialmente aprazíveis compromissos familiares, eis que regressa à Capital.

O Natal é uma época catita, a malta enche o bandulho à grande e à portuguesa, bebem-se copos com fartura, estreitam-se (ou não...) relações familiares. O mais engraçado é que a malta come que nem umas bestas só porque sim, e como toda a gente debulha comida até ficar farto que nem um abade, nem sequer há aquela recriminação idiota que teima em aparecer quando alguém é ligeiramente alarve. Este suicídio alimentar é algo que deveria ser objecto de estudo intensivo.

Agora volta-se ao trabalho, eventualmente com uns quilitos a mais, e não posso dizer que o regresso não me agaste, mas prontos, tem que ser, e o que tem que ser tem muita força.

Maintenant devo regressar à labuta que possuo bastante que fazer num espaço de tempo manifestamente inadequado aos referidos afazeres.

Saudações natalíciaS

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Wilson profundo

Ontem ganhámos a Taça!!!

Segue uma bela música.

A frase "knees pressed against the leather couch, I could't find my bra" é algo do outro mundo...

Kristin Hersh - Deep Wilson



Cheers

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Grande merda

Já sao quatro e picos e não possuo adormecimento.

Amanhã é que vão ser elas...

Final do final de semana

Este fim de semana foi engraçado.

Foi quase todo passado, pelo Corcunda, a não pensar em rigorosamente nada.
Só senti muito, e soube bem como poucas coisas. Isto de não pensar demasiado até pode ser uma hipótese, porquanto o marreco consiga perpetuar um pouco mais (passe o paradoxo) esta situação. Ou arranjar formas de criar situações análogamente boas.

Neste estado novo, matei o super-herói do Jeff e ocupei os meus neurónios a experienciar sensações novas. E não posso dizer que tenha sido mau, "before by the oposit", foi bastante aprazível.

No Domingo à tarde deu-lhe a pataleta, ficou aparvalhado e voltou a pensar. Acabou com o desagradável regresso existencialista com uma sesta de três horas.

Acabei o dito cujo pleonasno com um reencontro com um passado recente. Após um período de convivência prolongado, a distância maior permitiu uma comunicação melhor, e isso foi algo inesperado.

A comunicação é um fenómeno engraçado, mas funciona melhor quando a malta está longe. Após um breve mas bom período de comunicação via bicho referido em anterior parvoíce neste espaço publicada pelo je (vide http://lesoleilestpresdetoi.blogspot.com/2008/11/telmoveis-assassinos-ou-no.html), o bicho descansa, não sem antes falar com o seu novo inquilino.

O Corcunda, mais rico, pelo fervilhar de emoções, tem que se ir deitar, até porque domani possui um dia-de-trabalho-de-corcunda previsívemente extremamente agastante.

This place is a prison

Uma das melhores músicas dos últimos anos.

O que é que um gajo tem de fazer para lhe servirem uma bebida neste lugar?

Postal Service - This place is a prison


O video é amador, e, tal como o sexo do mesmo tipo, engraçado.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Novo ciclo, banda sonora retro

Boas tardes.

Esta cena de não me deixar afectar por coisas que não merecem a pena está a ser difícil. Mas não creio que seja impossível.

Frente! - Bizarre Love Triangle (original de New Order):



Esta música fez parte de uma das melhores alturas da minha vida, e continuo a pensar que é uma das mais bonitas versões já feitas.

Um grande bem haja

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Lar

Quasimodo está de volta.

Após uns úlimos dias violentos, sente-se preparado para cagar para o que não interessa, e para lutar pelo que vale a pena.

A ver vamos se é bem sucedido...

Cheers

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Quasi quase de volta

Hoje regressarei à Catedral, à minha cidade.

Pensei que precisava de sair daí, de casa, do meu quotidiano, mas essa era uma ideia errada que tinha. Esta estadia foi uma gigantesca montanha russa, em que tive tudo e mais alguma coisa à flor da pele. Demasiado à flor da pela, quase a queimar.

A cidade em si é bonita, o Corcunda nem por isso, agora. E essa disparidade é um bocado pró fodida. Ontem passeei durante horas à chuva, como fazia quando era puto.

Calcorreei a cidade de uma ponta à outra. Gótico, Raval, Borne, Montjuïc, tudo sítios por onde passei na bici emprestada, a ver se punha as ideias em ordem.

Passei todo este tempo a pensar em inúmeras coisas, que, a final, nada significam.

Ao final do dia encontrei-me com a Gnomo, saudosa companheira de outros tempos. Por entre algumas copas de tinto encontrei-me numa conversa das boas. Daquelas que fazem crescer e que têm, realmente, o poder de nos fazer sentir melhores. Descobri coisas que sei que podem e têm que ser úteis. A miúda, após tano tempo, tem a mesma ingenuidade que sempre lhe reconheci, agora acompanhada por uma sabedoria que só se adquire com o tempo e a experiência. Gostei mesmo disto, de conseguir falar e ouvir sem qualquer tipo de filtros, de inibiçoes, de merdas. Tudo sai como se pensa, e isso simplifica muito as coisas. Por isso, muito obrigado pela conversa.

Agora preparo-me para regressar. Tudo está igual, acho, mas eu nao posso estar.

Possuo fartura de sentir coisas que nao sao minhas, de viver vidas que nao conheço. Agora vou ser mais para mim, porque os outros nao podem ser o mais importante na minha vida.

Começa agora...

domingo, 14 de dezembro de 2008

Barça

Uma cidade interessante.

Bonita, grande , opulenta. Hoje o Corcunda passeou um pouco mais.

Esteve a escrever parvoices num jardim bem engraçado em frente à Sagrada Família.
O frio era muito, mas a manápula continuava a escrever como se o mundo acabasse hoje, vomitando palavras a um ritmo deveras impressionante. Agora olho para elas e parecem-me isso mesmo: parvoíces. Tentativas de diário, de poesia de alguidar, de deitar qualquer coisa cá para fora.

O resultado palpável, os escritos, nem foi muito bom, mas o facto de ter presidido áquela verborreia poético-sentimentalóide-de-auto-descoberta fez-me sentir bem. Sem saber porquê.

Têm sido uns dias algo agressivos, com estímulos das mais diversas índoles a afectar-me os sentidos. Agora procuro acalmar. E o mais estúpido é nem estar certo se estes estímulos me fazem bem ou mal, melhor ou pior, mais bonito ou mais feio. Mas acho que se forem mesmo importantes saberei, e dar-lhes-ei o devido valor e importância.

Tenho que ir, alguém precisa mais do computador do que eu.

Adeu

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Quarta-feira

Foi um dia engraçado. Tive uma tarde bestial, de repente parecia que tinha 17 anos outra vez, tal era a falta de responsabilidade que sentia, e os sentimentos.

Outras haverão. Espero.

Adios.

Corcunda vai a Barça

É verdade, Quasimodo está de partida para terras da Catalunha.

Sem grandes planos feitos, o bicho parte à aventura.

A cidade é fabulosa, conhece-a de outras viagens. Tentará agora conhecê-la de uma forma um pouco diferente, mais solto, sem sítios predefinidos para visitar, mais ou menos ao sabor do vento, porquanto este não sopre demasiado forte e o faça levantar voo.

Ausentar-me-ei, assim, do meu Cantinho durante algum tempo, pelo que a escrita terapêutica será alvo de um interregno.

Um grande bem haja.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Longe

A distância é do catano!

O Corcunda saíu da infecta babilónia a caminho de cenários mais campestres durante os últimos dias. E o ar puro fez-lhe, como quase sempre, muito bem.

O simples facto de não se encontrar nas imediações do bulício característico das modernas metrópoles é, per se, uma melhoria.

O contacto com uma realidade diferente daquela a que se acostumou é-lhe, aparente ou desejávelmente, extremamente benéfico. A lareira, que não possui na Notre Dâme, é uma melhoria fantástica, o estar a ouvir a bicha a estalar, a levar com os bafos emanados pela mesma e tragar um bom vinho com uma formidável preguiça por companhia...

O facto das horas não importarem, de, de repente, me ver envolto numa despreocupação daquelas que querímos que nunca findassem, é algo que muito me apraz. Nem para o "Zé Carlos" consegui mitigar a existência de uma total desconsideração pela invenção que foi o relógio (precedido, lógicamente, pelo tempo, para não correr o risco de soar incongruente). Estava a bater uma sesta com a adorável preguiça. E das boas.

Um pequeno senão: um fantasminha cujo nome não posso pronunciar (M.... M..!!!!) resolveu aparecer sem ser convidado, só para chatear. Fez das suas, deixou-o algo agastado, mas Quasimodo tem que aprender a lidar com estas merdas, e parece-me que está lograr obter resultados (ou pelo menos estratégias e conhecimentos que permitam alcançá-los). Já passou por bem pior, pensa. E, qual Peter Venkman, acabará eventualmente por o entalar o referido bicho num qualquer sítio de onde não saia.

Mas agora estou de volta, um pouco mais calmo e sorridente.

Esta semana visitarei uma capital regional europeia, apesar de ter a perfeita noção que os laivos de realismo campestre pouco se compadecem com o turbilhão que é Barcelona. E de lá trarei novas, se os dedos e os neurónios e a vontade não me faltarem.

Saudações Corcundescas

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Chefes

O que será que faz com que os chefes tenham sempre tão presente aquela fabulosa característica a que chamamos "Filhadeputice" ?

Que os bichos mandam, já nós sabemos.

Que nos dão merdas para fazer, é um facto.

Que temos que comer e calar (não sempre!), também já sabemos.

Agora que direito têm esses senhores de nos foder a vida só porque lhes apetece?

Só porque finalmente vou ter umas merecidas férias não é razão para um animalito dessa espécie me vir atulhar de trabalho, ou é?

Coisas que têm de estar feitas até ao final de Janeiro passaram, por mera auto-recreação de um puto a quem deram algum poder, a ter de estar prontas hoje. Única e exclusivamente porque o dito senhor quis. Grande sacaninha!

Este tipo de atitudes é algo que sempre tive dificuldade em compreender. O facto de um gajo ser cabrão só porque pode é algo que me agasta. Se toda a gente pensasse assim estávamos bem fodidos, era um Texas autêntico, com direito a pancadaria e tiros todo o santo dia.

Mas há algo que anima El Corcunda: o facto de não ter que pensar sequer nestes cabranitos na próxima setimana e meia é algo de espectacular. Vou ver se esqueço que esta malta existe, e tentar deixar de os tentar perceber, pois há uma realidade que desconhecia e da qual estou, pouco a pouco, a tomar conhecimento:

Nem tudo tem explicação, nem tudo é "entendível". E as coisas que o não são para nada mais servirão do que escavacar a cabeça à malta. Logo: Hakuna Matata!

Posto isto, vou aguardar ansiosamente pelo momento em que abandonarei meu local de trabalho, com o desejo de não mais voltar, e com a certeza que daqui a uns tempos baterei cá com os costados de novo.

Merry weekend.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

São rosas, senhor, são rosas...

Nostalgia in da house.

Corcunda e musgo tocaram esta música vezes sem conta.

dEUS - Roses

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Novela da TVI

Ele (Diogo Morgado, não sei o nome da personagem...) jura a pés juntos que não bebeu uma garrafa inteira de vinho, perante o Juiz, para se tentar escapar uma tramóia que alguém lhe imputa.

Piquena sinopse: O caso tem algo a ver com o Manuel do Tractor se ter envolvido num acidente com a tal personagem do Diogo, que mandou um puto qualquer prá sucata (descobri neste momento que é filho dele, do Diogo). O miúdo não morreu, mas está em coma ou assim, e é o único que o pode safar.

Voltando ao Tribunal: Enquanto jura a pés juntos que não bebeu, enquanto o empregado diz que sim, exalta-se, a Juiz manda-o relaxar o pipi, o bicho não acata a ordem, a Meretíssima manda-o calar de novo, ele não se cala, até que a Juiz diz algo do género:

O senhor cale-se se não mando-o pôr na rua!

A ele, ao Réu, que estava previsivelmente preso... Castigava-o a mandá-lo para a rua, em liberdade?

Mas que que que que que que fooooda-se!

Santa idiotice. Se ser estúpido pagasse imposto estava bem mais pobre, e agressivamente carimbado.

Lavoro

Porra que estou farto de partir pedra!

O que mais irrita é que são quase sete da tarde e ainda faltam umas horas para abandonar o meu local de trabalho. Dou por mim a olhar para ajoras às 8 e acho que ainda é cedo. Será que me estou a tornar num idiota engravatado que segue as normas e regras instituídas no sistema? A parte do idiota engravatado vá, até sou, agora o resto...

Daqui a uns dias o Corcunda partirá para um merecido período de descanso. Sem Esmeralda por perto, partirá em busca de qualquer coisa, sem saber bem o quê, mas busca-a.

O facto de não ter nada em mente é algo que me agrada. Há uns anos que não me sentia assim, solto. se calhar não devia, até porque devia ser responsável e essas merdas, mas de momento estou rigorosamente a cagar para isso.

Agora vou partir mais pedra, não vá um qualquer rico ficar menos rico por culpa minha...

Fim de dia

O Corcunda chegou agora à catedral.

Depois de um dia algo trabalhoso, encosta-se no seu sofá de pau feito de pedra e relaxa. O jogo da bola deixou-me todo partido.

Mas há coisas que o fazem levantar a cabeça. O simples facto de achar, de quando em vez, que pode ser quem quiser ser é algo de fabuloso. É bom sentir que o nosso destino está nas nossas mãos, e que por mais contratempos que surjam, somos sempre nós a moldá-lo, a criá-lo, a sacudir com um sorriso idiota a sensação de tristeza que aparece com os obstáculos, e que parece ser demasiado forte para aguentar. Mas não o será, porque se a merda começa a empilhar-se e um gajo não se mexe, só a ele se pode imputar tal facto.

Nem que tenha de fugir todo o santo dia de tempestades de cocó, mas parado não fico!

Com aqueles de quem gostamos longe as coisas ficam um pouco mais claras, não são simples nem transparentes, mas ao menos conseguimos entendê-las um pouco. E esse não me parece ser um mau caminho.

Há dias melhores, outros piores, e não é por um dia ser uma grande merda que valerá menos que os dias bons. Carpe diem, dizem, e assim tentaremos pôr carpas nos nossos dias.

Mas lá que os momentos de "bondade" sabem melhor...