domingo, 30 de novembro de 2008

Ébrio

Esteve o Corcunda durante cerca de 28 horas.

E não é que hoje se sentiu bem?

No meio da parvoíce veio o friozinho na barriga...

Weeeeeeeeeeeeeeeeee!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sexta

É um dia engraçado.

Só de pensar que, normalmente, a sexta-feira anuncia com dois dias de antecedência a próxima segunda-feira, dá vontade de ganir.

Este é, no entanto, um fim-de-semana "grande", em que a malta não labuta na segunda, e isso abriria, usualmente, portas a maiores aventuras.

Não será assim para o Corcunda, fruto da tempestade que paira por aqui e da ausência de compinchas para tal. Ainda assim sairá um pouco da catedral, para lavar as vistas e ver o mundo lá fora. Um bocado a medo, mas ainda assim confiante.

Quasimodo vai à rua.

A malta vê-se...

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Dias cinzentos não me fazem cinzento

Esta é a conclusão de hoje (até agora, pois nunca se sabe o que poderá vir a acontecer...).

Apesar de ser, normalmente, um gajo cinzentão, o Corcunda possui hoje um estado de espírito contrastante com a cor dominante do dia.

Não posso dizer que esteja radiante, mas que estou bom. A maneira como certas e determinadas coisas nos afectam é, hoje mais que nunca, uma verdadeira incógnita. Certos aspectos das nossas vidas, que outrora pareceram os essenciais, parecem-nos agora menos importantes, quase que dispensáveis.

"O essencial é invisível aos olhos.", dizia o piqueno monarca do país onde havia sóis com fartura.

Estou mais perto de entender tal ensinamento, se bem que ache que o mesmo não será possuidor de uma verdade absoluta, há coisas bem visíveis que são essenciais. Um sorriso, por exemplo, é bem visível e essencial, e apreende-se com ojolhos.

A paz de espírito, essa sim, está por aqui, e não posso dizer que desgoste de ter a senhora por perto. O sentimento de consciência, de apreensão do que nos rodeia, de afastamento do que julgávamos ser o essencial, é, não obstante, algo contraditório:

Por um lado, o focarmos-nos em nós faz-nos sentir melhor, por outro, o desprendimento daquilo que sempre considerámos ser vital para o nosso bem-estar deixa-nos algo desamparados. Será que nos dedicámos a algo que, a final, não era o que nos fazia felizes?
Apenas o considerar essa hipótese assusta.

Mas faz-me sentir bem, mais eu.

E é assim que deve ser.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Honey and the Moon

Joseph Arthur no seu melhor.

Chamo a atenção para o facto do senhor gravar em palco todo o som que toca.



Boa noite.

Corcunda mais Quasimodo

Hoje o marreco teve um breve encontro consigo próprio.

Pecebeu umas coisas que lhe faltavam perceber. Para crescer tem ser mais ele próprio. Se para tal tiver que atropelar uns quantos transeuntes parisienses, tant pis, seja.

Apesar de lhe custar tornar-se um ser um pouco mais egocêntrico, egoísta, mesmo!, o bicho tem que se mexer. A sua indiferença para consigo próprio é algo que lhe moi a cabeça, no entanto pouco ou nada tem feito para o mudar. E isso, meus senhores, é algo que demonstra claramente que os limites da estupidez humana são imensuráveis.

A conclusão a que cheguei foi a seguinte:

Ao abominar a estupidez humana, ao não a tolerar nem uma migalhinha, não reparei no facto de que era aquilo a que se pode chamar um latifundiário da estupidez, tal é a extensão da que possuo. O estúpido descobriu que era estúpido, e assim achou que era esperto.

A Jasmine que não sabia da jasmine foi, neste aspecto, de uma valia impressionante.

Foi um pouco daquilo que o Corcunda já foi: um farol. Apesar das condições náuticas não serem as melhores, almejo chegar a bom porto.

Sem pressas, just enjoying the ride...

domingo, 23 de novembro de 2008

Sunday moody sunday

Os domingos na Catedral têm sido diferentes.

O sol entra forte pela janela e o Corcunda passa tempo consigo.

Neste momento visionamentaliza "Madagascar", animação digital da Disney ou Pixar sobre uma zebra do Zoo de Central Park que possui necessidade/vontade de ir para a selva. A coisa corre mal, e os amigos (incluindo Alex o Leão e Melman a Girafa) seguem no encalço da Zebra estúpida-que-nem-uma-porta-ondulada (palavras do menino Tonecas) a fim de a manter a salvo das vicissitudes da demanda.

Irei apreender visualmente a restante narrativa animada.

Bom domingo, em geral. (not..)

sábado, 22 de novembro de 2008

Bate forte, fortemente...

O Corcunda é, hoje, possuidor de solidão.

A bicha bate bem forte, mas algo diz ao marreco que é este o caminho para crescer.

O mais engraçado é que nem lhe apetece estar com ninguém em particular, só não estar sozinho. Não é bem verdade, há individuos com que até gostaria de estar, mas não pode.

Por outro lado tem a sensação de que a solidão não se sente por não estar com os outros, mas por estar sempre com ele. É um bicho bem difícil de aturar...

No sofá da Notre-Dâme, Quasimodo observa 22 senhores em calções a correr atrás de uma bola. Não que isso seja a melhor coisa do Mundo, mas é o que se arranja.

Os últimos dias foram algo duros para o inquilino da Ille-Saint-Louis, com muita porcaria na cabeça e poucas coisas que valham a pena. Mas lá está, quanto mais se quer não pensar, mais se pensa, e essa pescadinha de rabo na boca é tramada.

Talvez tenha que sair, daqui. O sítio é sempre o mesmo.
Ou talvez não, porque o que me escavaca a marmita há-de continuar a fazê-lo em todo o lado, logo, não adianta fugir. É preciso que me entenda.

Ou não.

Se possuirem conhecimento sobre algum sítio em conta:

Lobotomia precisa-se.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Epifânia Literária

Acabei de descobrir uma coisa.

Quando fui aos confins da Catedral buscar o computador para começar a escrevinhar o que me apoquentava, há uma ou duas semanas, cuidei que o fizesse para que outros (vocês, os leitores que não o autor, eu) lessem o que sentia, por uma qualquer necessidade de exteriorizar o que me atormentava, com uma frequência e implacabilidade lancinantes.

Mas não.

Entendi agora que é, acima de todos, para mim que escrevo, para ler e voltar a ler, para não me esquecer dos episódios da vida em que participo, e tentar não cometer os mesmos erros.

Assim seja.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Pásion

Música de Rodrigo Leão, interpretada por Lula Pena.

O Vídeo é do senhor ao qual aparece creditado no fim.

Já não ouvia esta música há uns anos, tinha-me esquecido do quão poderosa é.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Quasi descansa

Depois de chegar do trabalho de Corcunda (que não sei bem o que é...), eis que o Encurvado descansa.

Chegou ao seu castelo, sito na Ille Saint-Louis (o será na do lado?), e percebeu que não possuía manjar que lhe valesse. Desanimado, pôs água no fogo.

Foi ver no congelador da sua toca se havia um rissolito, uma croqueta, qualquer coisa que acompanhasse um arroz ou massa. Nada, niente, rien, só ervilhas e mais umas merdas pouco idóneas a acompanhar o acompanhamento. Decidiu: -Fusilli!

Pefeitamente convicto de que ía ser mais uma das noites mal comidas, pôs lei fusilli (normais e tricolore, pois havia um restinho de normais, depois da fuseta com hamburguesa da noite anterior) no pote e pensou: -E se pusesse os rabinhos de porco em azeite e alho, depois de préviamente cozidos al dente ?
E assim providenciou. (lembrou-se, em jeito nostálgico, de que sua Jasmine apreciava com ele, de maneira souvent, semelhante repasto).

Eis que se deu a epifânia: -Ervilhas!!!

E toma lá bifanas, outro pote ao lume descascar batatas uma cebola azeite lá pra dentro e temos uma "sopa in progress"!

Saca as ervilhas da arca congeladora medieval, e após quinze/vinte minutos de cozedura, bota as bichas lá pra dentro. A seguir..............
TRAGÉDIA!..Eram poucas, as ervilhas...

Desanimado, uma vez mais, até porque o pacote de ervilhas que restava estava fechado herméticamnte e nos confins do indesit do tempo dos reis, buscou no frederico (ou gorífico, como lhe chamam...) um pacote de fungos brancos laminados (AKA cogumelos), e: - Já tás! Cogumelos lá pra dentro e espera que ferva.

Agora espero e escrevo enquanto ferve, para depois pegar na varinha mágica e fazer creme de ervilhas à laia da arlete com umas reminiscências de sopa de cogumelos da ana maria.

Às vezes é bom ser quem sou.

Agora tenho que ir que a massa já tá fria.

domingo, 16 de novembro de 2008

Contrariedade.

Mais um porradão de "pensanço" durante o fim-de-semana. Com uns resultados engraçados.

O Corcunda chegou a uma conclusão: por mais que não procure situações, acaba sempre por se ver confrontado com essas mesmas situações, mesmo que tente fugir, acabam sempre por apanhá-lo, às vezes melhor, outras pior.

É engraçado ver as relações interpessoais com alguma distância. Diferentes pessoas proporcionam-nos diferentes estados de espírito, quer seja a super-heroína que apesar das dificuldades leva a vida com um sorriso na cara, e nos faz rir, quer seja a bela que nos fez em tempos suspirar, e que nos faz sentir o frio no estômago, quer seja a pessoa mais fechada do mundo, que se abre um pouco connonsco e nos faz sentir, de alguma forma, especiais, quer seja a pessoa que conhecemos toda a nossa vida, e que faz algo de que não estamos à espera. Todas nos tocam, todas nos fazem sentir.

A questão que se põe é: Onde estão os limites?

Os nossos, os dos outros, os nossos quando estamos com os outros, e quando não estamos.

É um facto que tudo o que sejam relações vive um pouco da nossa visão delas, se achamos que algo é bonito, para nós passa a sê-lo, se nos faz sentir mal, passa a ser mau. Acho que a tónica da questão está na importância que lhes damos, no quanto as deixamos afectar-nos, e na disponibilidade (muitas vezes inconsciente) que temos para as enfrentar. Mas o Corcunda, pessoalmente, não consegue escolher umas para aceitar e outras para rejeitar.

Neste momento não procura nada nem ninguém, mas o mundo continua a girar, e aquilo que procura é algo que não vem de fora: procura-se a si, o seu lugar na complexidade inerente à vida, e a melhor maneira de a levar.

Esta indisponibilidade assusta, e o Marreco tem medo de se estar a tornar pior pessoa por isso.

Boa noite.

sábado, 15 de novembro de 2008

Friday I'm in Love

Sexta-feira, pasmaceira.

Na Notre Dame, o Corcunda lambe as feridas.

Talvez sim, esteja mesmo.

A vida é muito engraçada, de repente muda de rumo e ficamos à nora.

Perto não vemos nada, tudo é assustadoramente mais bonito visto de fora.

Daí o custar deixar ir, porque as memórias acabam por prender a malta, quase que viciando.

Corcunda rests his case.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Corcunda a mil à hora (contém palavrões)

Lá está o marreco a fazer das suas.

De repente, distrai-se.... e Zás, eis que a maratona começa.

Esta merda de se pensar muito tem que se lhe diga. Até que ponto é que por pensarmos mais fazemos melhor?

Nunca pensei muito nisso, mas parece-me que pensar de mais faz mal. Acabamos por complicar as coisas, muitas vezes vendo-as onde não existem. E quanto mais um gaijo pensa nelas e quer deixar de pensar, pior. Tá tudo fodido!

Mas que que que que que foda-se...

Então anda aí um míudo a tentar fazer as cenas da forma certa, depois de nelas relectir e descobrir a melhor maneira de as fazer e acaba sempre por fazer as merdas mal?

Porra (com som de 3 erres)!

Chega-se à conclusão de que pensar demais faz mál à tola. E à malta, em geral.

Aqui chigamos à pergunta -

E qual é a solução?

Pensar de menos não pode ser, porque o caos instala-se. Acabamos por nunca reflectir (continuando a pensar, porque o Corcunda não descansa...) nas merdas que fazemos e, quando conseguimos alguma clarividência, apercebemo-nos de que elas não passam disso mesmo: MERDAS.

Não damos uma prá caixa, mas como dizemos, se calhar até acreditando e nunca o fazemos, que não pensamos nisso, as águas vão passando, e merda que fazemos vai para um qualquer Trancão emocional, que acaba eventualmente por ceder, deixando a malta adivinhem em quê? Na Merda, esse estado peculiar e consistentemente presistente em que volta e meia nos vemos (e muitas vezes, ainda que inconscientemente, do qual não queremos sair, vá-se lá saber porquê), e que para além disso é chato pra xuxu.

Julgo que a resposta será encontrada algures num equílibrio entre as duas formas de levar a vida, algures entre o idiota que tem sempre a cabeça a mil e não pára de pensar e o azeiteiro que faz tudo sem pensar nas consequências e acaba por pensar, exactamente aquilo que evita a todo o custo.

(Vozinha querida, como que a fazer um cafunézinho verbal ao interlocutor) Equílibrio, onde estás?

A Justiça é cega.

Foi uma expressão que sempre ouvi, mas apenas hoje entendi o seu verdadeiro significado.

É que a justiça ser cega carece de explicação:

É uma cega em Portugal!

- que tem que ficar à porta dos hospitais porque não há inscrições em braille indicando onde se entra;

- que tem que esperar dez anos (no mesmo hospital) para que lhe seja marcada uma operação de que necessita com urgência;

- é uma cega nos tribunais, onde demora quinze anos à espera que lhe seja reconhecido um direito que qualquer pessoa com dois olhos na cara veria;

- é uma cega na perseguição à corrupção e ao mau governo, onde quem chega perto lá de cima invariávelmente se torna cego, ou finge que não vê;

- é uma cega porque lhe faltam ojolhos para perceber o que é a justiça poética, onde quem pena comó caraças acaba por penar ainda mais;

- pior, é cega porque não quer ver.

Será que um Governo gerido por oftalmologistas faria sentido?

Tenho dito.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Hurt - Peter Murphy

Eis uma das músicas mais tristes e sinceras de que possuo conhecimento.
Música escrita por Trent Reznor (Nine Inch Nails), cuja interpretação por Johnny Cash é também bem engraçada.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Telémoveis assassinos (ou não...)?

Estes bichinhos, que toda a gente tem um, têm muito que se lhe diga.

Mantêm as pessoas, na teoria, mais perto, à distância de carregar numa tecla (viva o speed-dial!) e no botanito de chamar. Mas também as afastam, pois o ser tão fácil falar faz com que se fale mais e pior.

Quantas das conversas telefónica aconteceriam se as pessoas estivessem cara a cara?
Quantas idiotices não se diriam se tivéssemos um interlocutor in persona? Dos verdadeiros, em carne e osso, com expressões que nos mostram o que se passa.

Mas também têm, os Tamagochis da comunicação, vantagens, há conversas que seria uma pena se ficassem por existir, algumas fazem crescer, outras apenas sorrir.

Hoje tive uma das boas, por isso vou dar aos piquenos telefones portáteis o benefício da dúvida. Mas eles que se cuidem, porque o Corcunda está a topá-los!

Quasimodo Turbo

Meti o turbo, estou em modo frenético.

Sempre tive dificuldade em lidar com opiniões/pensamentos/fés/credos diferentes dos meus, acabava invariávelmente por tentar impor os meus, ou quando tal não era possível, dizer/mostrar/fazer o outro acreditar que era melhor a minha. Impor, era na verdade o que fazia. E faço.

O que mais me fode a marmita é mesmo o facto de o saber e ainda assim continuar a fazê-lo. Aquela consciência estúpida de que faço algo, repetida mente, mal, e não ser homenzinho para parar de o fazer. Sinto-me como um pai a ralhar a um filho, ou um professor a repreender um aluno. Em minha defesa poderia dizer que o faço com boas intenções, mas tal seria dar um passo tendente a ganhar a contenda. O que não devo, não posso, e não quero fazer.

O João Gilberto diz, a dado momento, num dos seus poemas cantados, algo do tipo (Expressão exclusivamente dedicada à aniversariante, sim, a vós, que cuidais que me olvidava de tão magnífica e iluminada data, em que veio ao mundo o que de melhor ele tem) "às vezes é melhor perder uma discussão". E não me parece que tal verdade seja, de todo, discutível.

É um facto que discuto, quase tudo, e que ganho, quase sempre.

Se com isso acabo por agastar as pessoas, é um problema.

Se com isso acabo por afastar as pessoas, não pode continuar.

"Como?" é a pergunta que se impõe.

O Marreco trabalhará nisso, com afinco, mas se alguém souber, diga-me, grite-me, que este autismo emocional anda a deixar-me com uma marreca sentimental.

O Corcunda consta que tem bom fundo, pois se o tem, mostre-o, se não, então que se deixe destas merdas e procure conforto para outras bandas.

domingo, 9 de novembro de 2008

Last flores até ao Hospital

Eis uma música que partilho, cuja letra é bem catita.



Last Flowers 'till the Hospital

Appliances have gone berserk
I cannot keep up
Treading on people's toes
Snot-nosed little punk

And I can't face the evening straight
You can offer me escape
Houses move and houses speak
If you take me then you'll get relief
relief, relief, relief, ...


And if I'm gonna talk
I just wanna talk
Please don't interrupt
Just sit back and listen

Cause I can't face the evening straight
And you can offer me escape
Houses move and houses speak
If you take me then you'll get relief
relief, relief, relief, relief...

It's too much
Too bright
Too powerful

Too much
Too bright
Too powerful

Too much
Too bright
Too powerful

Too much


Agora na língua de Camões:


As Últimas Flores até ao Hospital

Os electrodomésticos ficaram malucos
Eu não posso continuar
Pisando nos dedos dos pés das pessoas
Piquenos bandalhos arrogantes com ranho nos narizes

Eu não posso encarar a noite de frente
Podes oferecer-me uma saída
Casas que se mexem e casas que falam
Se me aceitares terás alívio, alívio, alívio, alívio

E se eu vou falar
Eu só quero falar
Por favor não respondas
Senta-te para trás e ouve

Porque eu não posso encarar a noite de frente
Podes oferecer-me uma saída
Casas que se mexem e casas que falam
Se me aceitares terás alívio, alívio, alívio, alívio

É demais, demasiado brilhante, demasiado poderoso

Demais, demasiado brilhante, demasiado poderoso

Demais, demasiado brilhante, demasiado poderoso

Demais

sábado, 8 de novembro de 2008

Canuca

Canuca

Ó piquena flor
Neste árido alcatrão plantada
Que tens beleza farta

Tão cheia de valor
Por certo desencontrada
Do sentimento que t'envio nesta carta

Possuis espinhezas que fazem furor
Junto da multidão a ti postrada
Em mim despertas emoção em barda

Sem ti meu ser é fraco
Meu mundo possui pobreza
Não te ter perto faz vácuo em mim

Mas em meu coração te trago
A ti, minha realeza
Porra, que dói viver assim

Historieta hipotética

Marineide, mocinha de inegáveis virtudes, pôs ao Corcunda, via converseta telefónica estabelecida hoje por volta das 9 e picos de la noche, a seguinte hipótese:

Se eu fosse uma gaja gira, a quem um qualquer badameco tivesse endereçado um convite para jantar, ao qual eu (já na pele da gaja) tivesse respondido com um peremptório "Não!", e o Don Juan viesse ter a minha casa (a da gaja, que era eu), o que é que eu (a gaja, ainda), faria?

a) Perceberia que o bicho, sendo alguém por quem nutrisse (a garina, não eu!) alguma simpatia ou até amizade de alguma monta, entenderia que tal personagem necessitava de falar com a minha pessoa (enquanto gaja) com um carácter algo urgente e, eventualmente, anuiria a tal "convite"; ou

b)Acharia, enquanto gaja, e portantos enquanto ser naturalmente propício a bate-coiros frequentes, que o míudo tinha a mania que era engraçado, e que apesar de não me conhecer (a ela) de forma idónea a possibilitar o desenvolvimento de um qualquer sentimento, que a criança estaria a tentar a sua sorte, à porta errada (a da moça), e instruiria o senhor para ir pregar para outra freguesia que não a minha (dela).

Zás, eis que o Corcunda se revela como excelente conselheiro de situações parvas!

Boa noite

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Buongiorno Principessa

Muito bom dia.

"El Corcunda" diz que anda melhorzito.

Apenas umas poucas de pensadelas e respectivas conclusões podem fazer maravilhas. Se um gajo parar para pensar um bocado acaba por ver as coisas com mais clareza, e aí tudo o que parece muito complicado acaba por parecer resolúvel, ou menos complicado, na maior parte das vezes.

O Homem tem, desde que a Eva comeu a bela da maçã e fez o amor com o Adão, uma tendência exacerbada para a complicação, para a problematização, e libertar-se desse mesmo modo de encarar a vida é algo que é extremamente difícil, chegando mesmo a parecer impossível.

O Marreco tem que ir trabalhar.

Maninho és o máior.

Um grande bem haja

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Piegas

Já passou a pieguice, já sou um verdadeiro machote outra vez.

Estes momentos de fraqueza são do catano, tão depressa vão como vêm.

Um grande bem haja

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Necessidade

De falar, de tirar peso de cima de mim, não para cima de ninguém, só de cima de mim.

Às vezes é demais, mesmo que só para mim.

De fora sou só parvo, cá dentro sou o Atlas.

Desculpai o desabafo, teclado que idiota que não responde.

Turbulência

Certas e determinadas coisas fazem-me dispparar a cabeça e tudo o resto.

Pequenas vicissitudes da vida dão-me a volta à marmita e fazem-me por tudo em causa, até as únicas poucas crenças que tenho.

O facto de me assustar com isso não contribui para que lide com as coisas da melhor maneira, e isso chupa (sucks, em americano).

O equilíbrio ideal para lidar com isso é algo que ainda não possuo, não conheço, não sei sequer como se obtém, mas há-de chegar.

Ou vai ou racha, como eu...

Novo Encurvado? Ou o Velho de volta?

O Corcunda tem andado a tentar crescer.

Após bastante tempo (práí umas 4 ou 5 horas) sozinho, eis que o monstro começa a perceber algumas coisas.

É engraçado, as merdas à nossa volta, e em nós também, nunca são tão más como as vemos, nem tão boas como queriamos que fossem, são um qualquer meio-termo, uma espécie de lusco-fusco emocional, cuja precepção depende do quanto as conseguimos entender.

E um gajo esforçar-se não tem nada a ver, alturas houve em que o Curvado Emocional tentou, por todos os meios, perceber tudo o que se passava à sua volta, sem nunca lograr cosegui-lo.

A chave estava em aceitar esse "tudo", não em tentar compreendê-lo, porque isso vem depois.

Por isso, aceitemos o que aparece, sem nos conformar-mos com isso (isso nunca!), e tentemos ser crescidos, o que quer que isso queira dizer.

Uma boa noite.