quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Nervosices

Tenho estado, amiúde, nervoso.

Se é do trabalho, que consegui, se é de me ter apaixonado perdidamente por uma mulher que vive longe comó raio e me dá cabo da marmita, depois de ter estado apaixonado por outra(s), se é de ter ganho a guerra contra os estudos, quando na verdade fui eu que a criei, se é de ter uma família disfuncional, de quem muito gosto, se é de ir p'ra França fazer o Erasmus fora de tempo e a prestações, se é de me ter espetado na Ponte 25 de Abril (ou de Salazar, para os mais saudosistas...), se é de ter medo de nunca chegar a ser quem sempre quis, se é de não saber o que quero da vida, não sei. Mas que por alguma coisa é, lá isso é. Mas não interessa...



Também tenho estado feliz:

i) descobri coisas novas, entendi que lutar com quem se gosta não é mau, o que é verdadeiramente mau é deixar de lutar com e por aquela da quem gosto;

ii) quando queremos mesmo muito uma coisa acabamos por consegui-la, o problema é quando deixamos de querer aquilo que queriamos (muito!);

iii) que a parvoíce é um belo modo de vida, excepto quando deixamos de dizer parvoíces e passamos a ser só parvos;

iv)que as "coisas" não são tão más/difíceis como achamos que são, nem tão boas/fáceis como gostariamos que fossem; e

v)que posso ser o que quiser.

Entre outras.

Agora tenho que ir preparar o julgamento de amanhã, deixar de sentir a falta dela e perceber que não posso querer perceber tudo, que há coisas que são assim só porque sim. Tenho dito.

Até um dia destes...

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